PORTUGUÊS - 7º ANO
SEGUNDA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2021
PARA
COMEÇO DE CONVERSA...
Olá
queridos alunos!
Não
existem impossíveis para quem se dedica a uma causa com esforço e dedicação.
Que
este seja um ano onde nunca falte a dedicação, e que no final a felicidade
esteja estampada nos rostos daqueles que fizeram por merecer a vitória. Bom ano
letivo!
Professora:
Valdenia Fernandes.
Nessa aula o nosso foco é a leitura e a oralidade, portanto leiam o texto para uma compreensão acertada.
Leia o texto
Nossa vida
Lá em casa, a situação estava
difícil. O pai tinha ficado desempregado. A mãe achava que qualquer trabalho
podia pelo menos pagar a comida. A gente morava em Mambaí, Estado de Goiás. Aí
apareceu um emprego numa fazenda pro lado dos Gerais da Bahia, bem perto da
fronteira. Fui trabalhar junto com meus irmãos nessa tal fazenda. Era o projeto
de um grande banco, apoiado pelo governo. A fazenda dizia que
pagava o salário, mas nunca existiu salário nenhum. No final do mês, tudo que
se comia ou se usava era descontado. Não sobrava nada de dinheiro. E a gente
era obrigada a trabalhar de sol a sol. ─ Trabalho escravo ─
disseram os peões de Mambaí que já tinham passado por isso. ─ Mas
usar criança é judiação! ─ falou um dia o dono do bar. Disseram
também que essas fazendas usam crianças como trabalhadores porque fica mais
barato. Quatro ou cinco custam o mesmo que um adulto, comem menos, obedecem
melhor e cada uma faz o trabalho de gente grande. O capataz da
fazenda dizia que o dinheiro podia sobrar se a gente trabalhasse direito. Ouvi
falar de gente que saiu de lá com dívida, mas não com dinheiro.
Se pelo menos a gente estivesse se
alimentando bem… Minha mãe não sabia que a comida na fazenda era ruim. Achava
que era frescura de criança. Mas não era, não. De manhãzinha, café aguado com
pão duro. No almoço, só coisa de entupir ─ macarrão puro ou arroz com
farinha. Pro serviço na fazenda render, o capataz fazia a gente
trabalhar firme. Eu tenho catorze anos. Sou forte. Mas meus irmãos e um monte de
outras crianças com corpinho fraco faziam serviço pesado de adulto ─ roçar e
capinar era duro de lascar, mas a gente ainda aguentava. O pior era carregar
carrinhos de mão pesados, cheios de material para a lavoura.
Ninguém tem ideia da vida dura que a gente levava nessa fazenda dos Gerais da
Bahia.
Paula Saldanha. “Heróis dos Gerais”. São Paulo,
FTD, 1998, p. 7-9.
Hora de exercitar e ampliar seus conhecimentos...
Questões
Questão 1 – O
objetivo do texto é:
( ) noticiar um fato.
( ) narrar uma história.
Questão 2 – Na
parte “Disseram também que essas fazendas usam crianças como trabalhadores
porque fica mais barato.”, o narrador revela:
( ) a finalidade de essas fazendas usarem crianças como trabalhadores.
( ) a consequência de essas fazendas usarem crianças como trabalhadores.
Questão 3 – O
narrador do texto expõe uma opinião na passagem:
( ) “De manhãzinha, café aguado com pão duro.”
( ) “Ninguém tem ideia da vida dura que a gente levava nessa fazenda dos Gerais da Bahia.”
Questão 4 – A
expressão grifada indica um lugar no trecho:
( ) “Lá em casa, a situação
estava difícil.”
( ) “No final do mês, tudo que se
comia ou se usava era descontado.”
( ) “No almoço, só coisa de
entupir ─ macarrão puro ou arroz com farinha.”
Questão 5 – Em
“Achava que era frescura de criança.”, o narrador expressa o pensamento:
( ) de sua mãe.
( ) do capataz da fazenda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Escola Municipal Joana Alves fica muito feliz com a sua opinião. Por isso, todos os comentários e críticas são bem aceitos. A tendência é melhorar nossa prática!